quarta-feira, 29 de julho de 2009

O que eu tenho a dizer sobre...

A educação brasileira

Acredito ser do pensamento da maioria, senão de todos os brasileiros, que a saída para o desenvolvimento definitivo no Brasil seja através da educação. E quando falo desenvolvimento, falo em qualidade de vida para o cidadão, porque na questão industrial, comercial, financeira o Brasil seguramente é um pais “desenvolvido”. É, portanto, a educação a alavanca do desenvolvimento brasileiro.

O investimento em educação no Brasil nos últimos anos tem sido na casa de 4% do produto interno bruto, o PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país. Uma quantia muito pequena para um país que queira se desenvolver e oferecer um ensino público de qualidade
Marie-Pierre Pirier, a representante do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) no país, defende que é precisa investir pelo menos 8% do PIB brasileiro na educação para conseguir reverter as desigualdades de acesso e os problemas de qualidade que ainda persistem.
E por que o país não faz isso? Porque não tem recurso ou por falta de vontade política? Eu fico, sem sombra de dúvida, com a segunda hipótese.


O Brasil é um país rico, tem muito recurso para investir na educação e certamente poderia investir 8% do PIB por um ensino público de primeira. Talvez se o nosso dinheiro não estivesse por aí andando em malas e cuecas corruptas o investimento pudesse ser até maior.
A Coreia do Sul, durante 20 anos, investiu 10% do PIB em educação e saiu do estágio em que se encontrava - próximo ao do Brasil de uns 20 anos atrás - e se tornou um dos principais países, tanto no aspecto educacional como no desenvolvimento econômico, afirma Demerval Saviani, um dos nomes mais respeitados pelos docentes brasileiros.
Miremo-nos no exemplo dos companheiros coreanos!
E reitero, o Brasil tem recurso!
O Presidente Lula afirmou recentemente que uma parte do dinheiro do pré-sal irá para a educação, para compensar o que não foi feito ainda. Acho muito justo e louvável tal decisão, mas como disse o ilustre senador Cristovam Buarque em discurso:
“Mas por que esperar o pré-sal? Ele não está dizendo que só faz a Copa do Mundo se tiver o pré-sal. Nunca ouvi dizer que a Copa do Mundo está condicionada ao pré-sal, que as Olimpíadas no Rio estão condicionadas ao pré-sal. Ninguém ouve falar nisso. Agora, por que a escola está condicionada a esse tal de pré-sal dar certo?”
Há que se considerar também que o problema não se resolve apenas com mais investimento financeiro. Dinheiro não é, como pensa a maioria, a solução para tudo.
É preciso investimento em potencial humano, formar melhores professores, pagá-los melhor, valorizá-los, ouvi-los (Essa última vai para o governador José Serra, ou como diz Paulo Henrique Amorim em seu site, Zé Pedágio)
É triste ver um país com todas as possibilidades nas mãos oferecer um ensino público deplorável nas nossas escolas.
Mas o futuro virá e quem sabe um dia a gente aprenda.



Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), um brasileiro defensor da educação




That's all!!

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